domingo, 16 de novembro de 2008

Scream.




"Porque há o direito ao grito. Então eu grito." (Clarice Lispector)


Pois é. No meu caso não é um grito de desespero ou tristeza. É só um grito. Só. Nem tem um porquê, ou um motivo [ou talvez tenha sim]. Não entendo, mas me sinto leve ultimamente. Me sinto livre. De algumas coisas, sentimentos, algumas pessoas. Sim, pessoas. Mas não do modo ruim ou insensível, não tenho me livrado de gente, mas tenho aprendido a lidar com o que sinto por elas. Não que eu tenha dominado essa técnica, mas tô perto. Sim, é estranho você conviver com pessoas sem se 'jogar', sem poder demosntrar o que vc sente. Mas as vezes o que a gente sente é sufocante, e na maioria das vezes as pessoas não entendem. Ou entro no jogo, ou grito. Esse grito seria meu protesto a essa coisa superficial que as pessoas fazem questão de chamar de relacionamentos interpessoais. Aprendi que não se pode depositar sentimentos nas pessoas, ninguém é um baú que você guarda suas coisas preciosas, com medo de deixar por aí e alguém as roubar. Setimentos são para serem distribuídos, são pra você jogar ao vento a quem precisa, a quem é sensível para os ver, e os viver. Mas há os que acham que é muita responsabilidade encontrar um sentimento desses. Mas também há os que têm necessidade de distribuí-los. Eu me encaixo nesse último grupo. Sim, eu assumo. Mas o fato de eu querer dar sentimentos não quer dizer que você tenha responsabilidade com eles - ou comigo -. Hoje eu distribuo, amanhã recolho. É assim, sempre foi assim. Metamorfose ambulante? Prefiro ser.


Às vezes tento ser menos subjetiva, mas descobri que ser direta nem sempre acaba bem pra mim. Não que eu queira entrar no joguinho dos outros, mas não gosto que entendam uma coisa que não é. Ah! Mesmo que eu não consiga ser clara, se virem, me entendam!

6 comentários:

  1. O "eu" da Lisa sempre despertou em mim um pouco de paz com uma pitada de tormento. MAs sem dúvida, um canto para repousar meus pensamentos.

    Você sempre me surpreende Liesel.

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  2. Acho que já te falei que venho aprendido a me controlar, eu sou totalmente contra essa coisa se ter que se podar, se comedir, se reprim... Mas às vezes é bom dar uma segurada nas emoções por você. Tudo que eu faço é por mim, pra mim, se eu for me sentir melhor comedida, fico na minha, senão não.

    Egoísta pra caralho. Sou mesmo, e foda-se. Sentimantal? ô!
    Mas sempre fiel a mim, sigo o que minh alma pede e quando eu faço algo que passa da medida fico triste por ter decepcionado a mim mesma, os outros são os outros, eles façam como acharem melhor, pensem o que quiserem, tenho problemas demais pra me preocupar como/se alguém está me avaliando.

    Destribuir sentimentos bons e ruins pra quem os merece faz bem. "Alivia". E fazer as coisas do nosso jeito é sempre mais interessante.

    Lisa, continua escrevendo, gostei dos três e tenho certeza que vou gostar dos outros. Porque você escreve falando sobre você, da sua forma de ser e de sentir, e faz isso muito bem.
    Seu blog foi a surpresa boa do meu fim de semana!

    beijos!

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  3. "Esse grito seria meu protesto a essa coisa superficial que as pessoas fazem questão de chamar de relacionamentos interpessoais."

    vou gritar com vc tb!!! : )

    G.

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  4. Grite bastante, o silêncio agradece.
    Vou te adicionar na lista de devoradores.
    Beijo

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  5. Depois de quase ajoelhar-se pra me pedir um comentário cá estou eu. Gosto do que escreve me parecem fugas depositadas em um pedaço de papel, a necessidade de deixar tudo que há dentro de ti "RESPIRAR."

    Beijos linda!

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Agora já podem massacrar/elogiar/desdenhar.