quinta-feira, 12 de setembro de 2019

Eu só queria escrever para você, Elisama.


Antes eu tinha pena de mim ‘’pobrezinha, nem a mãe dela a ama, porque alguém amaria?’’. E aí é que está: o que é o amor? Sério. Admiração? Respeito? Sexo? Eu acho que minhas experiências me fizeram reconhecer o que não é o amor. O não-amor tem a cara do egoísmo, tem a rosto do menosprezo, ele te coloca para baixo de todas as formas possíveis. Ele diz coisas que sabe que vão te magoar e degusta isso como se degusta um vinho caro. O não-amor também te faz mudar a forma como você se olha no espelho. Um dia você é apenas você, depois existe uma sombra apontando todos os seus defeitos e dizendo que não vale a pena tentar mudar, porque o não-amor é mais forte que qualquer palavra positiva. O não-amor te faz acreditar que não adianta tentar se apreciar, porque tem nada lá para ser admirado. Ele te coloca em último lugar, no ultimo pensamento do dia, isso quando ele tem tempo de pensar em você. Sim, o não-amor tem sua personificação. E muitas vezes convivemos diariamente com ele, somos amigos dele e até casamos com alguns por aí. É fácil falar sobre amor próprio, mas olha bem dentro de si, existe amor suficiente para você aíNem todo dia vai ter. Se você achou que esse seria um texto de autoajuda, me desculpe não o decepcionar. Me deixe ser clichê, eu gostaria sim de deixar uma mensagem: Ninguém deveria ter o poder de te situar em um lugar ao qual você não pertence. Cada um sabe seus defeitos e seus valores, e ninguém é igual a ninguém. A gente não vai se amar todos os dias, mas também não precisamos viver sempre em guerra dentro de nós. Já temos guerras suficientes para combater todos os dias. Você fez o seu melhor para chegar até aqui com os recursos que tinha. Não jogue esse progresso fora. Liberte-se. Beleza e inteligência são conceitos subjetivos. Não caia nessa.