sábado, 15 de novembro de 2008

Síssima.


Bom, ela vai me perdoar o jeito simples [e resumido ] de contar nossa história. Mas, como sempre falo, não gosto de [escrever] poesia, e não sou fã das rimas. Mas escrever é minha necessidade, e escrever sobre ela hoje é inspiração. Veio tanta coisa na cabeça, tanta coisa legal, mas também tanta coisa que sei que vai ficar mal escrita hehe...

Como a conheci? Vai saber... Acho que fomos apresentadas. Ou largadas de lado por sermos pequenas demais para entender o que aqueles adultos tanto conversavam. Não lembro bem o momento, mas lembro bem do lugar. Se eu fechar os olhos ainda consigo sentir o cheiro de terra, de chuva, de doce. Gente, risadas. Roda. Vestidos engraçados. Franjas [ridículas!]. Orações. Estação de trem. Hinos. Banhos de borracha no terraço [ ah! É do que mais sinto falta! ]. EBD. Meninos. Meninas.

Quando a perdi de vista? Acho que essa pergunta vai sempre ficar no ar. Talvez tenha um motivo, e talvez façamos esforço para esquecê-lo. Talvez seja melhor assim. Mas aconteceu. O inseparável perdeu sentido, deu lugar ao desencontro, à saudade, ao semi-esquecimento. E lá se foram anos. Pré-adolescência. Mudança. Responsabilidades. Livros. Puberdade. Amores. Desencantos. Paixões. Adolescência. Responsabilidade. Mais Livros [muitos, pelo menos da parte dela. hehe]. Faculdade. Mudança de Valores. Tudo distante. Cada uma do seu jeito. Cada uma no seu tempo. E cada uma do seu lado. Eu aqui. Ela lá [ ou eu estaria lá e ela aqui?].

O Reencontro? Abrupto e sem muita festa. Não por falta de felicidade ou empolgação, talvez por falta de costume, por achar que não voltaria a ser aquela coisa de antes [ não seria possível o tempo ter parado e continuarmos do mesmo lugar que interrompemos - ou nos interromperam]. Mas foi feliz. Nostálgico. Deu vontade de voltar àquele tempo, de voltar a rir daquela forma pura, de ter de volta sentimentos, sensações de um tempo em que fomos tão felizes.

Bom, já chegamos ao tempo presente e não sei como terminar essa história aqui. Só sei que "ela me faz tão bem, e eu também quero fazer isso por ela". Sei que mais que uma simples amiga, arranjei uma companheira, uma cúmplice. Quem disse que o passado é pra ser esquecido? Às vezes o passado vem à tona quando você menos espera. Mesmo que seja por um perfil/scrap no orkut, que te faz quase saltar da cadeira, ou por uma conversa de msn que dura horas afinco... Ela sabe como me deixar feliz, mesmo estando longe. Sabe se fazer presente quando eu mais preciso. Fica feliz com minha felicidade e se entristece com minha tristeza. É, sou muito sortuda por ter esse ser do meu lado, e viva o passado, que "não reconhece seu lugar, está sempre presente"!

E essa é nossa história, compactada. Talvez você, leitor, não entenda muita coisa, mas ela vai entender, e é só pra isso esse post. E é um post lindo, só porque é sobre ela. ♥

2 comentários:

  1. Lindo mesmo.
    Eu gosto muito de textos que falam sobre pessoas sem citar nomes. Eu faço isso em muitos, quase todos.

    Adorei o jeito que vocÊ contou a história, deu pra passar o quanto vocÊ gosta dela, e a importância dela na sua vida. Muito bonito e bem escrito.
    Vou virar sua leitora assídua, porque sua fã eu já su desde sempre.

    (não é justo vc ter a voz lindona e ainda escrever bem :s)

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  2. O post é lindo porque foi escrito com a alma. E por você. E sobre a Aava. Não tinha como ser diferente.
    Espero que algum dia haja um contando a nossa história. hehe

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Agora já podem massacrar/elogiar/desdenhar.