terça-feira, 30 de junho de 2009

Inspiração.



Cliquei no word. Ele sempre demora um pouco a abrir. Gosto disso, dá tempo de eu desistir de escrever [coisa que já aconteceu 'n' vezes]. Mas dessa vez ele não pareceu preguiçoso como sempre, ou talvez eu esteja menos afoita que o normal. Vi aquela página em branco e o cursor piscando, parecendo esperar ansioso por alguma palavra, por alguma idéia. Talvez ele estivesse esperando pra colocar aquele sublinhado vermelho que me irrita tanto [É, ele tem uma rixa comigo, mas isso não vem ao caso agora]. Escrevi uma palavra. Pensei em fazê-la título do texto que iria escrever. Dei dois 'enters' e esperei. Esperei aquela palavra fazer efeito. Esperei ela me mostrar o caminho, me mostrar o que tá escondido dentro dessa minha cabeça temerária. Mas hoje minha imaginação não fluiu. Minha mente não quis trabalhar, eu não soube por onde começar, como começar. O título não foi um começo só. Foi apenas uma palavra. Palavra essa que seu significado tem fugido de mim. Desculpa minha ou não, eu a tenho perdido. Como um amigo me disse, talvez eu tenha preguiça de procurar um caminho que me inspire. É, pode ser isso mesmo. Talvez muita coisa tenha mudado em tão pouco tempo que a nova Lisa ainda não tenha tido tempo para assimilar as idéias, descobrir seus novos gostos, seus novos caminhos e inspirações. Sei que minha mudança foi boa. Cabe a mim agora me adaptar e encontrar novos rumos de inspiração.

Desculpem, é só um simples texto. Nada elaborado.
Acho que combina com meu estado de espírito atual *-*
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quinta-feira, 18 de junho de 2009

Papo furado.




- Ah, esquece. Você não entende nada disso.
- Disso o quê?
- De tudo. Metáforas, vida.
- Tá bom, se você diz.
- Por que você aceita as coisas tão facilmente?
- Porque é realmente mais fácil.
- É?
- É. Você não pensa sobre e então não tem que resolver e não terá que mexer em feridas.
- Mas um dia você vai ter que parar pra pensar, não?
- Talvez. Mas pode ser que não dê tempo.
- Como assim?
- Ah, de repente a coisa acaba de vez e você não teve que se machucar à toa, entende?
- É fácil demais pra mim.
- É, é quase um dom viver a vida facilmente.
- Te invejo.
- Mesmo?
- Sim.
- Não é bom viver sem sentir demais.
- Mas é menos dolorido e mais fácil.
- Mas a vida perde a cor, perde a poesia. Há tanta poesia na dor quanto na alegria.
- Acho que deveria haver um equilíbrio.
- Sim, essa é a idéia. Quando uma coisa não está equilibrada é porque essa coisa realmente não merece nossa atenção.
- Está dizendo que o que sinto não é algo que eu deva dar tanta importância? Que não vale a pena?
- Se você sofre mais do que goza do sentimento, sim.
- Mas...
- É a idéia do Ying Yang, entende? Tudo tem que estar bem equilibrado, para poder ter uma continuidade. Tudo que é ruim demais acaba logo, assim como tudo que é bom demais. Você tem que sentir o gosto do ruim para poder saber saborear e identificar o que é bom.
- Entendo. Mas ainda não é tão fácil.
- Então você sofre porque quer. Ninguém é tão fraco que não possa controlar seus sentimentos. E você parece estar muito satisfeito com isso tudo.
- Não é bem assim, é que... Esperança, entende? Ainda tenho demais.
- Esperança? Se uma coisa não deu certo uma vez é difícil dar certo outra. Um raio não cai duas vezes na mesma árvore.
- Mas toda regra tem sua exceção, não?
- Sim, mas até quando vai esperar ser a exceção? Se fosse já teria sortido efeito, não?
- Talvez. Ou não é o momento certo.
- Nossa, como você é cabeça dura!
- É, talvez eu seja. Ou talvez eu só ame demais.
- Não, o problema é que você a ama mais que a si mesmo. Ninguém que vive assim merece ser amado.
- Já cansei de lições de moral por hoje.

(...)

- Tudo bem, vou brindar à isso.
- Que seja.
- Adeus.
- (...)





Achei isso por aqui, resolvi postar. Saudade de ter inspiração.
*
Ps.: Odeio meus diálogos, talvez porque sempre pareça alguém conversando consigo mesmo, e eu não consigo diferenciar os personagens. Enfim.
*
Ps.²: Tô feliz demais, obrigada.