E você sempre esteve ali, num canto qualquer, a vista de quem quisesse. Sempre ali. Sempre à estreita, com olhos curiosos e pensamentos voluntariosos. Às vezes de lado, às vezes esquecido até. Muitas vezes solicitado, muitas vezes deixado. Mas sempre ali. Sempre de lado.
Eu sempre estive aqui, em um lugar qualquer, me escondendo de tudo e todos. Tentando ser feliz. Tentando achar algo que fizesse sentido em meio a tanto caos. Sempre te vi. Nunca te olhei. Não como vejo agora, não como deveria olhar. Eu girava, eu dançava, eu caía. Eu chorei. E você ali. Podia sentir o calor do seu olhar, podia sentir a aflição na sua voz, sempre tão presente, mas não tanto quanto você em si.
Um dia fui daqui para aí. E ficamos os dois lá. O tempo pareceu parar e nao havia mais o 'onde'. Éramos nós. Tão somente nós. No lugar onde deveríamos estar. Ali? Aqui? Lá. Onde os sorrisos ecoam, onde o perigo dorme, onde cada cor faz sentido, onde eu posso girar, dançar, cair e até mesmo chorar. Porque não estou sozinha. Você está lá. Do meu lado. Do lado de lá. Do lado de cá, dentro.
Ao melhor lado de mim, Jônathas Alves
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