sábado, 23 de maio de 2009

Amanhã.



Uma coisa puxa outra e eu me encontro aqui, às 02:24, clicando em links e mais links de blogs que já to cansada de ler e acompanhar. Cada um me diz uma coisa, cada um me traz uma pessoa à mente. Cada um com suas agonias, seus dilemas, alegrias e tristezas. E eu? O que ando sentindo? Essa introspecção me fez pensar em tantos acontecimentos. Tanta coisa que acontece em poucos dias que te faz pensar na vida toda. E pior: pensar no futuro. Hoje alguém me perguntou “quais são seus medos?”. Não hesitei: “Tenho medo do Futuro”. Ela me perguntou o por quê. Parei pra pensar. Dá realmente um frio na barriga pensar em uma coisa que não está nas suas mãos. Uma coisa tão volátil e imprevisível. Sim, você pode ter seus planos, você pode fazer metas, mas e aí? Nem tudo ou quase nada do que planejamos é como será seu futuro, isso é fato. Foi aí que em um desses blogs eu li o seguinte parágrafo:



Coincidência? Não acredito. É só mais uma vez Ele me falando de uma forma tão direta, uma forma que por tempos eu evitei, com uma voz que por muito tempo fechei os ouvir para não ouvir. Você pode não acreditar em Deus, você pode achar que a Bíblia ou a fé são coisas retrógradas, são fatos ultrapassados. Que a ciência explica tudo, que tudo é respondido pela física quântica ou seja lá pelo quê. Mas Ele é tão real na minha vida, esse sobrenatural, a forma como ele fala. É sempre de uma maneira tão sucinta e concisa, que é burrice eu duvidar disso. Me preenche. Preenche todo espaço vazio que alguém ou eu mesma tenha deixado. A Fé não é uma coisa incrível? É “a certeza das coisas que não se vêem”. E a idéia é essa mesmo. Você acredita, é real. E eu acredito em muita coisa. Acredito que meu futuro será brilhante, como Ele desejar, como Ele tiver preparado para mim. Acredito na minha felicidade, em minhas conquistas, em minha vitórias. E não vou mais ter medo do meu futuro.


“Não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã cuidará de si mesmo, basta a cada dia o seu próprio mal.” (Mateus 6:34)

Descansemos.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Um post.


Hoje eu estou a fim de escrever sem compromisso. Faz tempo que não escrevo assim. Sempre tenho que ter um assunto [ou nenhum mesmo], e manter uma linha de raciocínio, um enredo que prenda o leitor, algo engraçado ou pseudo-inteligente. Mas hoje não. Hoje quero um post bem adolescente, bem bestão mesmo. Daqueles "ah, hoje eu vi algo que me fez pensar tanto, aí eu ouvi Metal Heart da Cat Power e fiquei pensando mais ainda. Será que todo mundo é assim? Vou fazer brigadeiro". Ta certo, ta certo. Nunca vou conseguir algo desse tipo. Eu vejo certas coisas, certos tipos de garota e fico pensando se eu fosse que nem elas. Se eu só me preocupasse com assuntos bestas e sem conteúdo, se eu soubesse ser efusiva e fútil... Acho que eu me daria melhor na sociedade. Sério, não é tipo. É... Sei lá. Fato é que as pessoas se relacionam melhor com gente assim. Gente que nao se precisa compreender, que não te faz pensar. Até mesmo pra namorar esse tipo de garota se sai bem melhor. Aí vem alguém e diz "Se o cara prefere esse tipo de garota é porque ele é mais idiota que ela". Sim, também acho. Mas ainda acho que ter idéias independentes, gostar de saber e pensar sobre assuntos mais "elaborados" [ou menos pensados pela massa], se destacar por saber coisas que ninguém tem saco de estudar, assusta alguns ou a maioria dos homens. Nem sempre ser diferente é legal. Às vezes só queria saber falar de esmalte, de corte de cabelo, de marca de roupa e sapato, pra me entrosar e tal. Tenho poucas amigas mulheres reais por causa disso. Não tenho saco de ficar em uma roda conversando sobre a vida de "Fulano que fez isso com a Cicrana pra ficar com Beltrana", de como "Fulaninha ta mal-vestida com aquela roupa tão last week". Ah, cara. Tenho tanto enredo e assunto na minha vida, pra quê saber e opinar na dos outros também?

Pois é. Talvez agora vocês entendam um pouco por que quase não saio e evito ver gente. É porque seres humanos no geral não me estimulam. A maioria deles perdem a graça muito rápido. Na verdade eles só têm graça enquanto novidade. Difícil alguém permanecer na minha vida. Mas quando permanece, é pra sempre. Fato.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Relacionamentos [im]pessoais.




Hoje parei pra pensar... Faz mais de um ano que não namoro ninguém sério. Eu digo namoro mesmo, de ir em casa, jantar com família, ir em festinhas de primos chatos etc. (que fique bem claro, foi uma opção minha e eu to bem como estou). Não tenho muito saco pra dar satisfação aos meus pais, imagina a um cara que me conheceria há pouco tempo. Enfim, a questão é: Por que as pessoas cobram tanto isso? É tão estranho uma menina inteligente, bonita e atraente (cof, cof!) estar sozinha? Sou obrigada a manter um relacionamento de fachada só pra agradar minha família e amigos? Ta, tudo bem, não vou dizer que não tentei. Até tentei, mas não forcei tanto quanto deveria.


Já me relacionei com todo tipo de cara. Uma vez um cara me disse que não ficaria comigo porque eu era mais alta e ele não conseguiria aguentar o olhar das pessoas quando passássemos na rua. Bom, o cara já era quase doutor em literatura, cantor, ator, gato e tudo mais. Seria esperar demais que ele fosse homem também. Já namorei caras mais novos. Isso me levou ao fato de que não quero ter filhos. Não agüentaria adolescentes revoltados cheios de espinhas me irritando com seus problemas sexuais. Já namorei caras que tinham o ego tão inflado que nunca ficamos num lugar fechado, ou eu morreria sufocada. Certa vez conheci um cara que quase bate o carro porque “estava embasbacado com minha beleza”. Ok. Ele forçou um pouco. Ainda acho que ele era mó ruim de roda mesmo e não queria ficar mal. Desci do carro e peguei a primeira Kombi que passou. Ta, meio irônico isso, tendo em vista que os motoristas de kombis aqui na Ilha vivem “embasbacados” por mulheres na rua. Ainda acho isso a desculpa mais esfarrapada dos motoristas ruins.


Comecei a namorar cedo, levando em consideração que na minha época uma menina de 17 anos era considerada quase uma perdida por namorar, ainda mais com consentimento dos pais. E olha que nem sou tão velha assim! Mas foi desse jeito. Com 17 anos bati o pé que queria namorar o carinha mais gatinho da Igreja. Ele foi lá em casa, minha mãe adorou e bla bla bla. Ficamos 2 meses: Um namorando e um eu fiquei tentando descobrir a melhor forma de terminar. Acabei no “Bom, acho que acabou, né?” Ok, foi estúpido, mas eu ainda tinha 17 anos de idade e 12 de maturidade. Foi a melhor forma que encontrei (ou a mais rápida). E ainda fiquei rindo porque ele chorou. Às vezes me sinto péssima por isso. Na maioria das vezes não.


Já tive até romance de novela. Um cara, o que mais fui apaixonada na vida, mudou pra outro país. Foi aquela coisa, promessas, esperas, nhenhenhéns de todos os tipos. Esperei por ele, claro. Mas só por um tempo. Acredito demais em amor à distância, mas quando existe esperança. Quando se tem certeza que vale a pena. E faltou isso. Só isso.


O último cara que me relacionei (antes de um fricote de internet que eu ainda to me recuperando), a gente tinha um rolo desde os meus 16 anos. Entre idas e vindas (que não foram poucas!), a gente namorou “meia-boca” por vários momentos da minha vida. Aos 16, aquele namorinho bobo adolescente, aos meus 19, e agora há pouco aos meus 22. E nesses espaços de tempo sempre rolava um flashback só pra aliviar a tensão. Bom, é estranho quando você sabe que o cara ta caidinho por você. Ele começa a pensar em futuro, você começa a se ver no futuro. Abrindo mão de coisas, engordando, dividindo intimidades que eu já odeio dividir com meus irmãos, perdendo horas em DR’s, criando filhos, sustentando casa, cuidando de uma outra pessoa, que talvez nem seja a pessoa da sua vida. Quem sabe quem é A pessoa da vida? E eu sabia que ele não era O cara. Então achei melhor dar um basta, acima de tudo sou sincera com meus sentimentos. Confusa, mas sincera. Ele me odiou por um bom tempo alegando que o “enrolei esse tempo todo”. Bom, hoje ele ta feliz, namorando uma amiga minha que apresentei, a qual ele só começou a namorar pra me fazer raiva. Quem diria. Formam um casal muito legal ao meu ver.


Tenho muitas mágoas, magoei muita gente. Amei demais, sofri demais e continuo sofrendo e amando. É um círculo vicioso. Por mais que eu me ache um tanto auto-suficiente, por mais que eu ache que a gente só precisa da gente mesmo pra ser feliz, ainda fica aquela dúvida “será que eu vou conseguir ser sozinha e ser feliz assim mesmo?”. Vai saber. Talvez eu precise de bem mais que um ano. Talvez eu precise descansar o pobre do coraçãozinho que já ta com disritmia de tantos compassos mal tocados por músicos amadores.



[Sei, a foto nem tem tanto a ver, mas eu me imagino assim quando escrevo. Sou doente ok bjs]


See all!