domingo, 31 de janeiro de 2010

Diários da Lisa #01



Querido diário,

Não sei bem o porquê de se ter um diário, mas sei lá, deu na veneta e eu tô numa fase tão ''não se reprima, mesmo que isso pareça idiota"... Então, vamos lá.
Nesse nosso primeiro contato acho que eu deveria me apresentar, né? Apesar de, pelo fato de você ser meu, já deveria vir sabendo a maior parte da coisa toda, não é...? Ou não. Eu tenho amigos que são 'meus' e não sabem quase nada da minha vida. É, mas eles não são coisas, e eles não vivem em função de mim [uma pena, diga-se de passagem]. Enfim, a idéia é extravasar pensamentos e não falar nada com nada mesmo.
Depois de mais de 12 horas quase seguidas de sono, o meu cérebro fica meio empanturrado de pensamentos. Da vontade de ter DR com todo mundo, vontade de dar minha opinião para tudo. Mas muita coisa é inútil, admito. Mas sei lá, deu vontade de dar uma arrancada na minha vida, deu vontade de ler, de estudar, de fazer planos sérios e viver menos nas nuvens e mais no chão, de conversar com pessoas que não falo há anos e pans.
Pois é, a vontade é muita, mas a coragem é pouca. O dia nem terminou e eu queria dormir e acordar daqui há uns 10 anos. Tipo aquele filme click, saca? Ta, tudo bem que o cara só se ferrou e tal, mas eu queria ir para uns 10 anos à frente só pra espiar o que vai acontecer. Se já vou estar formada, casada, com um emprego estável e com o Arthur [meu filho] já com 1 ou 2 anos [e dizem que eu não faço planos, ora bolas...].
Bom, hoje foi um típico domingo besta. Ah, não tô mais a fim de falar do meu dia.


Ah, hoje é aniversário do Átila.
Lembra dele? hahahaahhaha

Enfim.

Até mais!

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Pois é.



Um amigo viu e lembrou de mim.
[Acho que vou ter isso como um elogio.]

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Pain

Queria ter criatividade o suficiente para escrever sobre dor. É, dor. Essa coisa que de vez em quando insite em nos assolar. Sejam dores somáticas, ou as psicológicas. As dores somáticas às vezes são melhores de lidar. Vc toma remédio, faz tratamento e, se não houver mais caminho, o corpo cede e sucumbe. Fato é, ninguém convive com dores corporais por muito tempo, e quem consegue acostuma-se, mas não por muito tempo.
Bom, na minha opinião, a pior dor é a pisicológica. Aquela que você cria. Porque essa, na maioria das vezes você se vê obrigado a conviver, tenta fugir, mas ela sempre está lá.

Como se livrar dela? Você procura caminhos alternativos, você se apega à coisas que te fazem esquecê-la, mas em algum momento se depara com a criatura lá, te olhando bem nos olhos, com aquele sorrisinho amarelo. Algumas dores são tão inventadas que elas parecem ter nossa aparência. Já se olhou no espelho e se viu esquelético, com marcas de cansaço, com uma aparência cadavérica? É a dor que te pinta assim. Você acha que não tem outra solução senão se esvair de si mesmo. Mas como fazer isso? como se livrar de algo que está entranhado em seu ser? Como jogar fora uma parte de si mesmo que por pior que seja, te ensina. É, te ensina. Ensina a valorizar as pequenas e boas coisas da vida. Te ensina a se conhecer melhor, a compreender seus limites e aceitá-los. A dor torna a vida mais real, você se vê como um simples ser humano, tentando vencer nessa vida doida e desenfreada.
"Então você quer me convercer que a dor é necessária?"
É tão óbvio. Qualquer um que esteja lendo isso há de concordar que essa constatação é até clichê demais para ser analisada.
E por que eu estou escrevendo sobre isso?
Vai saber. Escrever para mim é urgência. Você ler é opção.
Por acaso, sofrer também. Dores todos nós temos. É até legal de curtir às vezes.
Dores somáticas podem ser mais difíceis de lidar, mas as existenciais você escolhe sentir. Sim, é questão de escolha. Uma escolha mais fácil ou mais difícil para alguns, admito. Eu sofro muito, mas porque meu sofrimento é proporcional à minha capacidade de me iludir, e não duvide do tamanho dessa capacidade!

É tudo tão simples. É só pensar "vale a pena sofrer?"
Questione-se.